quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Conheça os estreantes da Casa de Criadores.

Há algumas temporadas, ou melhor, há alguns anos que a Casa de Criadores tem se mostrado como a principal vitrine para novos nomes da moda brasileira. Nem precisamos dizer que foi de lá que saíram estilistas como André Lima, Marcelo Sommer, Ronaldo Fraga e marcas como Cavalera e V.ROM. Porém, a partir da 8º edição do evento, em 2000, a organização criou o Projeto Lab, espécie de incubadora para estilistas e marcas que começam a dar seus primeiros passos.
Antes um espaço dedicado a experimentações, hoje uma das principais vitrines de novos talentos, o Lab vem ganhando força e relevância à medida que a organização e participantes vão absorvendo atuais necessidades do mercado e funcionando como porta de entrada para própria CdC – quando não para o próprio mercado de moda.
Com isso em mente, conversamos com os dois estreantes do Projeto Lab desta edição para conhecer um pouco mais sobre eles.
Croquis do verão 2012 de Fernando Cozendey (Divulgação)
O carioca de 22 anos e recém-formado em design de moda pela faculdade SENAI-CETIQT, chega ao Projeto Lab com ideias ambiciosas: fazer uma moda praia (seu ponto forte e também de partida) não necessariamente para a praia. E tampouco para os tais balneários chiques e festa de iates que costumam povoar as referências do beachwear. É assim que nasce sua marca homônima, tendo este desfile como debut.
Fernando, que percebeu que seu negócio era mesmo o trabalho com tecidos elásticos de maiôs e biquinis quando participou (e chegou à final) do concurso LYCRA® Future Designers, explica que, na verdade, o desenvolvimento é um desdobramento de estudos de uma das mais importantes peças da história da moda praia: o maiô. “A marca tem como objetivo levar o DNA beachwear a um universo não óbvio, isto é, para além das praias e balneários. Concentrando-se em modelagens e acabamentos diferenciados e realizando pesquisas constantes em tecidos elásticos, buscamos nos enquadrar cada vez mais em outros segmentos do vestuário.”
Daí a apropriação de elementos da alfaiataria que, junto com estampas e estruturas de esqueleto (e um pouco de trompe l’oeil) são os pontos-chave para o desenvolvimento desta coleção inspirada em ritos funerários. De formas sempre ajustadas e sexy – afinal todos os tecidos utilizados são com fio Lycra (superelástico) – a coleção tem como principal objetivo mesclar tecido e acabamento de moda praia a outras proporções e realidades.
Croquis do inverno 2012 de Jonathan Gurgel (Divulgação)
Este cearense de 26 anos não é nenhum novato em eventos de moda. Neste ano mesmo, estreou no line-up do Dragão Fashion, semana de moda que acontece em Fortaleza, sendo um dos principais eventos de moda fora do eixo Rio-São Paulo. Formado em moda pela Universidade Federal do Ceará, Jonathan é daqueles que não perde nenhuma oportunidade. “Ainda no primeiro semestre de faculdade, venci um concurso na Semana Universitária de Moda, foi meu primeiro desfile. No segundo semestre de faculdade, fui finalista de outro concurso de moda, competindo com alunos de outras universidades, depois disso, comecei a trabalhar para outras marcas em Fortaleza, como estilista”, conta sobre suas primeiras experiências na área.
Segundo ele, todos esses passos, mais uma boa dedicação aos estudos, foram essenciais para ajudar na construção (ainda em desenvolvimento) de sua identidade enquanto estilista. Com um gosto especial pela alta-costura, e principalmente àquela feita nas décadas de 20, 50 e 60, Jonathan gosta de fazer com as próprias mãos todos os processos de criação, do desenho, à modelagem, à costura e aos acabamentos. Tudo isso resultando numa moda de contornos românticos e práticos, como ele define seu estilo.
Para sua estreia no Projeto Lab, Jonathan diz ter preparado um de seus trabalhos mais experimentais. “Como o desfile só terá 10 looks, optei por apresentar uma coleção mais conceitual.” Quase metade da coleção foi confeccionada em plástico estampado e trabalhado nos moldes da alfaiataria. Inspirada nos trabalhos de um dos mestres do Space Age dos anos 1960, e no filme “A Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, seus looks prometem ainda apelo futurista e surrealista.

Fonte : Site da Criativa




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Beijos ,

Ligia Ribeiro

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